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Maria da Conceição de Almeida Tavares (Anadia,
24 de abril de 1930) é uma economista portuguesa naturalizada brasileira.
É também professora-titular da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora-emérita da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
Filiada ao Partido dos Trabalhadores, Maria da
Conceição já foi deputada federal pelo estado do Rio de Janeiro e é autora de
diversos livros sobre desenvolvimento econômico.
Nascida em Anadia, cresceu em Lisboa. Sua mãe
era católica, e seu pai, um anarquista, que abrigou refugiados da Guerra Civil
Espanhola, em plena era Salazar.[1] Graduada em matemática, chegou ao Brasil em
fevereiro de 1954, já casada com o engenheiro português Pedro Soares, e grávida
de sua primeira filha, Laura (seu segundo marido, Antonio Carlos Macedo,
professor de ciências biológicas da UFRJ, é o pai de Bruno, nascido em
1965).[2] Trabalhou na elaboração do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.
Naturalizou-se brasileira em 1957. No mesmo ano, decidiu estudar economia,
influenciada por três clássicos do pensamento econômico brasileiro: Celso
Furtado (1920-2004), Caio Prado Jr. (1907-1990) e Ignácio Rangel (1908-1994),
que a despertou para as questões relacionadas ao capital financeiro. "Isso
eu devo ao Ignácio Rangel, que chegou para mim e disse: "A esquerda tem a
mania de não estudar essa coisa de moeda e finanças, e isso dá muito mau
resultado." Eu disse: "Em finanças públicas tem gente."
"Mas eu não estou falando disso, estou falando de bancos, balanços, essas
coisas que vocês nem dão bola. Precisa estudar, precisa saber, porque a
inflação..." E começou com as coisas dele sobre a inflação."[3]
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi
aluna de Octávio Gouvêa de Bulhões (1906-1990) e Roberto Campos (1917-2001).
Trabalhou como analista matemática no BNDES.
Escreveu centenas de artigos e vários livros,
destacando-se o clássico "Auge e Declínio do Processo de Substituição de
Importações no Brasil – Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro",
de 1972. O texto foi escrito no fim dos anos 1960, quando chefiava o escritório
da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) no Brasil.
Entre 1968 e 1972, durante a ditadura militar,
autoexilou-se no Chile, onde trabalhou no ministério da Economia, durante o
governo de Salvador Allende, .
Ao longo de 60 anos, formou gerações de
economistas e líderes políticos brasileiros, entre eles Dilma Rousseff e José
Serra. Maria da Conceição Tavares é torcedora apaixonada do Club de Regatas
Vasco da Gama.
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